Ao nos depararmos com obras de arte, muitas vezes ficamos sem entender o que o artista quis dizer com "aquilo". E realmente é complicado decifrar uma obra de arte. Na maioria das vezes o significado da obra tem haver com o sentimento do artista na época da criação da obra.
As obras de Van Gogh, por exemplo, são marcadas de traços inquietos, que trazem movimento à obra. Se formos pesquisar sobre a vida pessoal de Van Gogh iremos perceber que a vida dele estava justamente como as obras, inquieta e atribulada.
Você deve estar se perguntando onde quero chegar com isso, né?
Bem, é que pensando nos artistas, lembrei-me de uma obra, se é que assim posso chamar, que fiz quando ainda estava na faculdade, no ano de 2006.
Nesta época estava em um relacionamento que me consumia. Sentia-me dividida. Um lado de mim gostava de estar ali, mas um outro desejava estar longe. Meu coração estava fechado, incapaz de poder se entregar a um amor, que embora tivesse prometido amar-me pelo resto da vida, encontrava-se divido por duas mulheres (uma paixão não vivida que atrapalhou demais). Talvez esta tenha sido a fase mais crítica da minha vida.
Quando olho pra essa imagem, lembro-me dos sentimentos que me fizeram pintar, e me alegro por essa fase ter passado.
Depois desta obra, vieram muitas outras, cada uma com uma história, que talvez um dia eu conte a vocês.
Hoje eu não pinto mais, mas se fosse criar alguma coisa, pintaria sonhos, pintaria a felicidade, pintaria o que há depois do arco-íris, talvez eu pintaria um pouco como o Monet.
"As palavras falam do que está cheio o coração", mas, eu diria que, para um artista, as imagens falam do que está cheio o coração.
até outro dia!